23 de abr. de 2016

Pol Pot e os Khmers Vermelhos do Camboja.






Num museu em Phnom Pehn, as ossadas de algumas das milhares de vítimas do Khmer Vermelho / Rob Elliott / AFP/Rob Elliott



Vamos aqui falar de um dos maiores massacres empreendidos pelo Estado que o mundo já viu, e que muitas vezes não é mencionado nos livros de história.
Esse massacre ocorreu no Camboja em 1975, em um momento que o mundo estava em clima de Guerra Fria.  Pol Pot, que era influenciado pela ideologia marxista-leninista desde sua juventude, liderou os militantes do Partido Comunista Cambojano, que eram chamados de Khmers Vermelhos. 
Os Khmers Vermelhos tomaram Phnom Penh, capital do Camboja, e implantaram uma das mais terríveis ditaturas que o Sudeste asiático. Sob a liderança de Pol Pot, responsável pela morte de aproximadamente dois milhões de pessoas num período de apenas quatro anos (1975 – 1979), os Khmers Vermelhos governaram o país por meio do terror.
Inspirado da Revolução Cultural chinesa, o Khmer Vermelho queria transformar o Camboja numa sociedade comunista agrária, acabando com a vida nas cidades, a moeda, o mercado e todo ranço atividade considerada “capitalista” – qualquer pessoa que tivesse algum nível de educação era suspeita de ser "burguesa".
Os habitantes de Phnom Penh foram enviados ao campo para trabalhar em fazendas coletivas, com a alegação de que estavam contaminados pela ideologia burguesa do ocidente. Os religiosos eram considerados pessoas que se sujeitavam a ideologia burguesa e por isso eram pressionados a deixar as suas crenças por bem ou por mal. Os intelectuais e as pessoas mais instruídas foram perseguidos e muitos executados. Dominar a língua e ler com desenvoltura era motivo de condenação, e falar a língua inglesa era motivo de morte. Em pouco tempo, o país foi convertido num grande campo de prisioneiros do Estado.
Desde 1997, o governo do Camboja e a ONU negociam a criação de um tribunal para o julgamento dos membros do regime de Pol Pot, o Khmer Vermelho. Em junho de 2000, a ONU e o governo do Camboja apresentam um memorando de acordo em que de delineava "tribunal nacional com presença internacional".

Numa entrevista feita por Nate Thayer pouco antes de sua morte, Pol Pot recusou-se a dizer se havia se arrependido de ter causado morte de tantas pessoas inocentes e disse que os erros cometidos pelo regime foram principalmente os de implementação da política. Na noite de 16 de abril de 1998, Pol Pot foi encontrado misteriosamente morto, quando estava prestes a ser entregue à corte e ao julgamento.

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