Muitos devem ter visto a notícia
que uma garota pode ter tido suas informações do SISU hackeadas.
Essa garota foi uma das poucas a atingirem nota máxima na redação no ENEM 2017
e desejava cursar Medicina, no entanto, os hackers alteraram sua inscrição para
o curso de Produção de Cachaça no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais -
IFNMG.
É uma notícia que causa um misto de
riso com indignação. A indignação é devido a maldade que foi atrapalhar o sonho
de uma pessoa que se esforçou durante um ano inteiro; o riso é devido ao curso
de Produção de Cachaça.
O Curso de Produção de Cachaça
"busca formar tecnólogos com capacidade de atuação em todas as áreas da
cadeia produtiva da cachaça de alambique, assegurando qualidade e produtividade
com menor custo de produção. Os profissionais devem ser dotados de formação
humana e empreendedora para atuar na produção de Cachaça de Alambique, sendo
capazes de atender às demandas visando a qualidade e a sustentabilidade
econômica, ambiental e social.“
A cachaça de alambique é produzida
em alambiques de cobre com produção limitada a poucos litros por dia, com
pequenas plantações e sem queima de cana, o caldo de cana é fermentado de forma
lenta e controlada, e o alambique de cobre ajuda a deixar a cachaça
sensorialmente mais rica em aromas, já que utiliza apenas o coração da cachaça,
descartando a cabeça e a calda que possui elementos negativos com baixa
qualidade.
Após esse processo a cachaça pode
ser armazenada em tonéis de aço inoxidável ou barris de madeiras, como carvalho
francês, amendoim do campo, amburana e outros, que é uma prática que modifica a
qualidade química e sensorial da bebida deixando-a ainda melhor para o consumo.
O Município de Salinas em Minas
Gerais é o único do Brasil a oferecer este curso de graduação, pois a cachaça
está entre os principais produtos que fomentam as atividades econômicas da
cidade, e recentemente, , também tem sido adotada como elemento de identificação
para a estruturação turística. Foi instalado em 2012 o Museu da Cachaça, no
antigo aeroporto da cidade, formado por oito salas que incluem um acervo de
garrafas e um moinho montados a partir de temas como sociedade do açúcar,
engenhos antigos e atuais, plantação, colheita e moagem da cana e história da
cachaça em Salinas. É lá que são
produzidas boa parte das melhores e mais caras cachaças do Brasil de acordo com
a Cúpula da Cachaça, são elas: Indaiazinha, Anísio Santiago, Havaninha
e Canarinha.
O título de Capital da Cachaça não
foi concedido à Salinas por acaso. Além da qualidade e da grande e produção – a
cidade produz cinco milhões de litros e tem mais de 50 rótulos comercializadas. A região sedia no mês
de julho o Festival Mundial da Cachaça, com stands de diversas marcas,
degustação, venda de produtos, palestras e shows musicais.
Diante disso, o curso Tecnólogo em
Produção de Cachaça visa atender a esta demanda do município.
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