31 de jan. de 2017

O curso Tecnólogo de Produção de Cachaça


Muitos devem ter visto a notícia que uma garota pode ter tido suas informações do SISU hackeadas. Essa garota foi uma das poucas a atingirem nota máxima na redação no ENEM 2017 e desejava cursar Medicina, no entanto, os hackers alteraram sua inscrição para o curso de Produção de Cachaça no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - IFNMG.
É uma notícia que causa um misto de riso com indignação. A indignação é devido a maldade que foi atrapalhar o sonho de uma pessoa que se esforçou durante um ano inteiro; o riso é devido ao curso de Produção de Cachaça.
O Curso de Produção de Cachaça "busca formar tecnólogos com capacidade de atuação em todas as áreas da cadeia produtiva da cachaça de alambique, assegurando qualidade e produtividade com menor custo de produção. Os profissionais devem ser dotados de formação humana e empreendedora para atuar na produção de Cachaça de Alambique, sendo capazes de atender às demandas visando a qualidade e a sustentabilidade econômica, ambiental e social.“
A cachaça de alambique é produzida em alambiques de cobre com produção limitada a poucos litros por dia, com pequenas plantações e sem queima de cana, o caldo de cana é fermentado de forma lenta e controlada, e o alambique de cobre ajuda a deixar a cachaça sensorialmente mais rica em aromas, já que utiliza apenas o coração da cachaça, descartando a cabeça e a calda que possui elementos negativos com baixa qualidade.
Após esse processo a cachaça pode ser armazenada em tonéis de aço inoxidável ou barris de madeiras, como carvalho francês, amendoim do campo, amburana e outros, que é uma prática que modifica a qualidade química e sensorial da bebida deixando-a ainda melhor para o consumo.
O Município de Salinas em Minas Gerais é o único do Brasil a oferecer este curso de graduação, pois a cachaça está entre os principais produtos que fomentam as atividades econômicas da cidade, e recentemente, , também tem sido adotada como elemento de identificação para a estruturação turística. Foi instalado em 2012 o Museu da Cachaça, no antigo aeroporto da cidade, formado por oito salas que incluem um acervo de garrafas e um moinho montados a partir de temas como sociedade do açúcar, engenhos antigos e atuais, plantação, colheita e moagem da cana e história da cachaça em Salinas.  É lá que são produzidas boa parte das melhores e mais caras cachaças do Brasil de acordo com a Cúpula da Cachaça, são elas: Indaiazinha, Anísio Santiago, Havaninha e Canarinha.
O título de Capital da Cachaça não foi concedido à Salinas por acaso. Além da qualidade e da grande e produção – a cidade produz cinco milhões de litros e tem mais de 50 rótulos comercializadas. A região sedia no mês de julho o Festival Mundial da Cachaça, com stands de diversas marcas, degustação, venda de produtos, palestras e shows musicais. 

Diante disso, o curso Tecnólogo em Produção de Cachaça visa atender a esta demanda do município. 

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