A Ilha da Irlanda (também conhecida como Ilha Esmeralda por
suas vastas estepes verdes claras) é a terceira maior ilha da Europa e a
vigésima maior do mundo. Encontra-se a noroeste da Europa continental e está
cercada por centenas de ilhas e ilhéus. A leste da Irlanda localiza-se a
Grã-Bretanha, separada dela pelo estreito Mar da Irlanda.
A Ilha é composta por dois países: A
República do Eire, ou República da Irlanda, e Irlanda do Norte, ou Ulster
(administrada pelo Reino Unido).
O povoamento da ilha da Irlanda teve
início no século IV a.C. com a chegada dos celtas, que desenvolveram uma
civilização desenvolvida e diversificada. No século V d.C., o cristianismo foi
introduzido na região por iniciativa de São Patrício.
A fusão da cultura celta com o
cristianismo promoveu na região uma extraordinária mudança de ordem cultural e
religiosa, que perdurou até o século VII. Do final do século VII até o início
do século XI, a Irlanda foi sendo ocupada pelos noruegueses, que fundaram dos
reinos rivais: o de Dublin e o de Limerick.
Com essa divisão, houve o enfraquecimento do poder político local, o que
favoreceu a invasão, em 1166, dos anglo-normandos (ingleses).
Com a dominação inglesa, os irlandeses
passaram a ser evacuados de suas terras, que foram distribuídas entre colonos
ingleses e escoceses implantando a o protestantismo no território.
O descontentamento causado pela invasão
foi responsável por inúmeros conflitos, sendo a revolta de Ulster a
principal, pois provocou a fuga dos
irlandeses católicos e distribuição de suas terras aos favoritos da rainha
Elizabeth I. A revolta dos irlandeses diante dessa atitude levou-os a apoiarem
sistematicamente os inimigos dos ingleses. Como represália, a Inglaterra
aplicou leis penais rígidas e estabeleceu limitações à importação dos produtos
irlandeses.
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Capa do filme Brooklyn (2015) |
Entre 1846 e 1848, a Irlanda foi assolada
por um período de grande escassez de alimentos, principalmente de batatas
(principal alimento da população da época). Esse fato aumentou a miséria da
população irlandesa, causou morte de mais de um milhão de pessoas e obrigou
cerca de dois milhões imigrarem, principalmente para o Canadá e para os Estados
Unidos. A imigração irlandesa é muito bem retratada no filme Brooklyn de 2015.
Essas condições provocaram o surgimento
de movimentos separatistas revolucionários irlandeses, como os Fenianos e os dos Sinn Féin,
que reivindicavam autonomia e independência total em relação ao Reino Unido. A
minoria protestante, ligada à Inglaterra, conseguiu rejeitar a autonomia até
1914. Com a Primeira Guerra Mundial, os nacionalistas promoveram uma revolta
conhecida como Levante de Páscoa, que foi duramente reprimida pelos Ingleses.
Em 1918, o líder revolucionário Michel
Collins fundou o Exército Republicano Irlandês (IRA), responsável por
desencadear uma nova rebelião nacional. Após dois anos de guerrilha, o Tratado
Anglo-Irlandês de 1922 finalizou essa guerra e estabeleceu o Estado Livre da
Irlanda como um domínio de autogovernado dentro da Commonwealth britânica. A Irlanda do Norte optou por
permanecer como parte do Reino Unido. O estado independente aumentou a sua
soberania através do Estatuto de Westminster, em 1931, e com a crise de
abdicação de 1936. Uma nova constituição, em 1937, declarou um Estado soberano
chamado Irlanda (Éire).O Ato da República da Irlanda proclamou
a Irlanda como uma república em 1949, removendo os direitos remanescentes dos
monarcas. O país, consequentemente, retirou-se da Commonwealth britânica.
REFERÊNCIAS
SMITH, Dan. Atlas dos conflitos mundiais: um apanhado dos conflitos atuais e dos
acordos de paz. Tradução de Carmem Olivieri e Regina Aparecida de Melo Garcia. São
Paulo: Companhia Editora Nacional, 2007.
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