RESUMO
– O QUE O ESTADO NÃO É (Murray N. Rothbard).
O
Estado é uma instituição vista como uma apoteose da sociedade e como uma
organização afável. Porém quase todos o consideram um meio necessário para
atingir os objetivos da humanidade contra o setor privado. Com o advento da
democracia, a sociedade passou a se identificar como parte do estado, ignorando
todos os princípios da razão e do senso comum.
Se
a afirmação que "nós somos o estado" ou "nós somos o
governo" é verdadeira, qualquer ação do estado sobre o indivíduo é justa e
voluntária da parte do respectivo indivíduo. Se o estado submete-se a uma
dívida pública, ela é paga através da cobrança de impostos de um grupo para
benefício de outro, com a justificativa de que estamos pagando a nossa própria
dívida; se o estado recruta um homem, ou o põe na prisão por devido a sua
opinião, então ele está atingindo a si mesmo.
Assim,
os judeus mortos pelo governo nazista "cometeram suicídio", uma vez
que eles eram o estado, pois eles os elegeram democraticamente.
Embora
uma esmagadora maioria das pessoas aceite esta ideia em diferentes graus,
devemos enfatizar a ideia de que "nós" não somos o estado e que o
governo não somos "nós". O Estado não representa a maioria das
pessoas, mesmo que 70% das pessoas decidissem assassinar os 30% restantes, isso
ainda seria um massacre e não um suicídio voluntário por parte da minoria
chacinada.
Se
o estado não somos "nós" e nem é um grupo fraterno se reunindo para
decidir sobre os problemas mútuos, o que ele é afinal? Em poucas palavras, o estado é a organização social que visa
manter o monopólio do uso da força e da violência em uma determinada área
territorial; especificamente, é a única organização da sociedade que obtém
o seu "rendimento" através da coerção, da ameaça de prisão e pelo uso
de armas, enquanto os outros indivíduos ou instituições obtêm por meio da
produção de bens e serviços e da venda voluntária. Além da coerção, o estado
geralmente passa a regular as ações dos demais.
REFERÊNCIA
ROTHBARD, Murray N. A
anatomia do estado. Tradução de Tiago Chabert. São Paulo: Instituto Ludwig
von Mises, 2012.
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