RESUMO - COMO O ESTADO TRANSCENDE OS
SEUS LIMITES (Murray N. Rothbard)
Bertrand
de Jouvenal salienta que ao longo dos séculos os homens buscaram sempre limitar
o domínio estatal a partir de regras na forma de governar, mas que com o tempo,
a nova estrutura criada se desestabiliza e se torna algo semelhante ao que era
anteriormente.
Uma
das notáveis tentativas de limitar as ações do estado foi a Carta dos Direitos
(Bell of Rights) e a Constituição
Americana, na qual criaram um sistema judicial, independente do governo. No
entanto, este mesmo sistema passou a provê legitimidade ideológica às ações do
governo.
Nesse
sentido, o estado também se coloca no papel de juiz de sua própria causa,
negando qualquer decisão justa em prol de si mesmo.
Foi
notado que a Constituição é um sistema ambíguo para limitar as ações
governamentais, uma vez que foi criada uma Suprema Corte com o monopólio sobre
o poder final de interpretação.
A
solução proposta por Calhoun foi a doutrina da "maioria concomitante",
onde uma minoria teria o direito de veto caso o Governo Federal se excedesse em
suas ações. Um exemplo são os governos estaduais "anulando" uma
decisão federal dentro dos limites da sua jurisdição. No entanto, umas das
críticas a essa doutrina é que o poder de veto não deveria se limitar aos
estados da federação, mas também aos municípios, bairros, etc.
Além
do mais, os interesses poderiam variar de acordo com os interesses
profissionais e sociais de um grupo.
Lembrando
que os governos estaduais e seus respectivos ramos ainda são o estado e mesmo
com a falta de alinhamento direto com o governo federal, não é possível afirmar
que não haverá nenhum tipo de tirania "legitimada".
Em
resumo, Calhoun não leva a sua teoria longe o suficiente a ponto de proteger os
direitos do indivíduo.
Portanto,
o estado busca expandir seus poderes e garantir a sua sobrevivência utilizando
cada vez mais força sobre os indivíduos e empresas privadas.
REFERÊNCIA
RESUMO COMPLETO
ROTHBARD, Murray N. A anatomia do estado. Tradução de Tiago Chabert. São Paulo: Instituto Ludwig von Mises, 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito Obrigado Pelo Comentário, Volte Sempre