O habitat de um organismo é um local
onde este vive, ou o local onde se deverá ir procurá-lo. O nicho
ecológico, por outro lado, é um termo com maior âmbito que inclui, não
apenas o espaço físico ocupado por um organismo, mas também o seu papel
funcional na comunidade (como, por exemplo, a sua posição trófica) e sua
posição nos gradientes ambientais de temperatura, umidade, pH, solo e outras
condições de existência. Estes três aspectos do nicho ecológico podem ser
convenientemente designados como nicho espacial ou de habitat, nicho trófico e
nicho multidimensional ou de hipervolume. Consequentemente, o nicho ecológico
de um organismo depende não apenas do sítio onde vive, mas também daquilo que
faz (como transforma energia, se comporta, responde ao seu ambiente físico e
biótico e modifica), e da forma como é constrangido por outras espécies. Por
analogia, pode dizer-se que o habitat é a "morada" do organismo, e
que o nicho é a sua "profissão", biologicamente falando. Uma vez que
a descrição de um nicho ecológico completo para uma dada espécie incluiria um
conjunto infinito de características biológicas e de parâmetros físicos, o
conceito é mais útil, e quantitativamente mais aplicável, em termos de
diferenças entre espécies (ou da mesma espécie em duas ou mais localizações)
quando a uma ou a um pequeno número de características principais (isto é,
operacionalmente significativas).
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