20 de jul. de 2016

A Terra é uma cebola?



Podemos dizer que a Terra é muito semelhante a uma cebola, não somente pelo seu formato esférico como eu disse na postagem sobre a forma da Terra, mas também por seu interior, que é divido em diferentes camadas.
Os antigos pensadores, como Erastóstenes, dividiam o universo em duas partes: o Céu, acima, e o Hades, embaixo. O Céu era transparente e cheio de luz, e eles poderiam enxergar diretamente as estrelas e os planetas vagantes. O Hades era escuro e fechado para os olhos humanos. Em alguns lugares, o chão tremia e havia erupção de lava quente. Com certeza, algo terrível estava acontecendo lá em baixo.
Essa visão permaneceu até o século XIX, quando os geólogos começaram a espiar o interior da Terra através das ondas produzidas pelas vibrações causadas por terremotos. Essas ondas são chamadas de Ondas Sísmicas. Os geólogos começaram a utilizar instrumentos sensíveis chamados sismógrafos, que funciona semelhantemente a uma maquina de ultrassom e tomografia computadorizada, obtendo imagens do interior do corpo, permitindo então localizar os terremotos e desenhar o interior da Terra.
Quando as primeiras redes de sismógrafos foram instaladas em todo o mundo, os geólogos começaram a descobrir que é interior da Terra era dividido em camadas concêntricas de diferentes composições, separadas por limites nítidos, quase esféricos, ou seja, muito semelhante a uma cebola, que quando você corta ao meio você percebe diferentes camadas.
Quais são essas camadas?

A camada externa é a crosta, composta principalmente de rocha silicática, cuja espessura varia de 7 na crosta oceânica a 40 km na crosta continental. Abaixo da crosta está o manto, uma casca espessa e dúctil de rocha silicática mais densa, a uma profundidade aproximadamente de 2.890 km. Por último, temos o núcleo pode ser dividida em duas camadas: um núcleo externo líquido e um núcleo interno sólido, separados por um limite a uma profundidade de 5.510 km. Saltos de densidade entre essas camadas são essencialmente causados por diferenças de composição química. 


Referência: 
GROTZINGER, J. & JORDAN, T. H., 2013. Para Entender a Terra. Tradução: Iuri Duquia Abreu, 6 ed. – Porto Alegre: bookman, 738 p. 

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