Durante séculos, muitas mulheres foram
acusadas de bruxaria e morta de diferentes maneiras, mas geralmente eram
queimadas vivas, sob pretexto que desta forma a alma também seria queimada e
purificada.
No Brasil também tivemos casos de
mulheres acusadas de bruxaria, ou melhor, acusada por práticas e comportamentos
que hoje são comuns.
Vejamos:
Mima Renard
Acusada de bruxaria em São Paulo por
volta de 1692
Mima Renard era uma imigrante francesa,
que mudou-se para o Brasil com seu marido, René. O casal foi morar na então
vila de São Paulo. Mima era vista como uma mulher bela e atraente, despertando
atenção nos homens, fato que fez com que seu marido fosse atacado e assassinado
por um de seus pretendentes. Assim, ela passou a prostituir-se para sobreviver.
As demais mulheres da vila passaram a
acusá-la de jogar feitiço nos homens, com o propósito de atraí-los. Em data
desconhecida, um conflito entre dois de seus clientes resultou no assassinato
de um deles. Os dois clientes eram casados, o que foi mal visto na época. Mima
foi denunciada ao padre da paróquia local, pelas várias mulheres de seus
clientes, recebendo acusação de feitiçaria e bruxaria, por supostamente lançar
feitiço nos homens. Ela foi julgada, condenada e executada na fogueira em
público.
Ursulina de Jesus
Acusada de bruxaria em São Paulo por
volta de 1754.
Ela era casada com Sebastiano
de Jesus, em São Paulo. Seu marido tinha uma posição de alguma importância na
cidade. Ela foi acusada de bruxaria por seu marido, que alegou que ela o havia
impedido de ter filhos, fazendo-o estéril pelo uso de magia. Na época, ele
estava tendo um caso, e sua amante, Cesaria, também confirmou o seu testemunho no
tribunal.
Ursulina de Jesus foi levada a julgamento
e considerada culpada por heresia e bruxaria, além de ter feito o uso de magia.
Ela foi executada na fogueira em público.
Maria da Conceição
Acusada de bruxaria em São Paulo por
volta de 1798
Ela era conhecida por ser uma mulher com
um notável conhecimento sobre ervas medicinais, que frequentemente os usava
para preparar medicamentos para pessoas doentes. Em algum momento e por motivos
desconhecidos, ela teve um desentendimento com um padre chamado Luis,
que se mostrava radicalmente contra as ações de Maria da Conceição e sua
atuação na preparação dos medicamentos.
O padre Luis acusou-a de heresia e bruxaria, e Maria
da Conceição foi levada à julgamento. Devido ao fato de que o Brasil era
colônia de Portugal, a lei portuguesa contra a feitiçaria foi usada no
julgamento, e Maria da Conceição foi considerada culpada e condenada à morte na
fogueira.
REFERÊNCIAS
Luiz Henrique Lima. ANG 553 – Mulheres
bruxas. 02 de abril de 2009. Lima 1 <LINK>
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