12 de mar. de 2018

História da Cartografia


História da Cartografia
O desenvolvimento da Cartografia, desde épocas remotas até os dias atuais, tem acompanhado o progresso da civilização. Os antigos nômades já utilizavam mapas itinerários para orientação.
No entanto, foi a partir da necessidade que o homem teve para se localizar sobre a superfície terrestre, principalmente com o advento da interação entre diferentes povos na antiguidade, que a cartografia começou a se moldar como ciência.
Ela evoluiu significativamente, assim como toda ciência, devido aos períodos de guerras, onde o poder militar buscavam reconhecer os territórios com maior precisão.
Na Grécia Antiga, os primeiros fundamentos da ciência cartográfica foram lançados quando Hiparco (160-120 a.C.) utilizou, pela primeira vez, métodos astronômicos para a determinação de posições na superfície da Terra e deu a primeira solução ao problema relativo ao desenvolvimento da superfície da Terra sobre um plano, idealizando a projeção, cônica.
Os gregos legaram também as concepções da esfericidade da Terra, dos polos, equador e trópicos, que foram as primeiras medidas geométricas, a idealização dos primeiros sistemas de projeção, e a introdução das noções de longitude e latitude (RIBEIRO; ANDERSON, 2002).
Todo o conhecimento geográfico e cartográfico da Grécia Antiga está idealizado na obra “Geografia” do astrônomo, geógrafo e cartógrafo grego Cláudio Ptolomeu de Alexandria (90-168 d.C.). Sua extraordinária obra, em oito volumes, ensina os princípios da Cartografia Matemática, das projeções e os métodos de observação astronômica. Essa monumental contribuição da Grécia Antiga à ciência cartográfica foi, no entanto, ignorada durante toda a Idade Média, somente aparecendo no século XV, quando então exerceu grande influência sobre o pensamento geográfico da época, com o chamado Renascimento de Ptolomeu.
Durante o longo período entre a contribuição original de Ptolomeu, o surgimento de sua obra e o aproveitamento do seu saber, a cartografia atravessou fases de estagnação e, às vezes, de retrocesso.
Enquanto a cartografia romana não aproveitou os conhecimentos matemáticos dos gregos, os quais foram absorvidos pelos árabes, estes aperfeiçoaram tais conhecimentos, calcularam o valor do comprimento do grau, construíram esferas celestes, estudaram os sistemas de projeção e organizaram tábuas de latitudes e longitudes. Não podemos esquecer que no século XII, temos a obra do geógrafo árabe Abdallah El-Edrisi, que é um resumo precioso dos conhecimentos geográficos dos muçulmanos. E assim, enquanto os árabes conservavam estes antecedentes científicos, a civilização latino-germânica cultuava na Idade Média um misticismo religioso que causou o desaparecimento dos conhecimentos geográficos gregos.
Para aqueles que não tiveram oportunidade de apreciar em profundidade a história, esse período foi chamado Idade das trevas!
Por essa época, os contatos verificados entre as civilizações cristã e árabe ocorrem através das cruzadas, da expansão árabe na península Ibérica e principalmente, do comércio entre os povos mediterrâneos. Houve um intercâmbio de conhecimentos, o que de certa forma, resultou em progresso para a cartografia. Mas este progresso não se realizou no campo matemático teórico propriamente dito, porém em instrumentos.
Para atender as exigências náuticas, motivadas pelo desenvolvimento da navegação com a introdução da agulha magnética, a cartografia assumiu um aspeto funcional.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Muito Obrigado Pelo Comentário, Volte Sempre