QUAIS AS DIFERENÇAS ENTRE MINERAL, MINERALOIDE E MINÉRIO?
Os minerais são
substâncias de ocorrência natural (não sintéticas), cristalina (sólida e
disposta em um arranjo tridimensional ordenado e repetitivo), geralmente
inorgânica (não composta por carbono orgânico) e com uma composição química
específica (cada mineral sempre será composto pelos mesmos elementos químicos).
Os minerais são homogêneos: não podem ser divididos, por meios mecânicos, em
componentes menores.
Os mineraloides substância
de ocorrência natural, semelhante a um mineral, com uma certa constância de
composição química e de características físicas, mas que não apresenta a
organização cristalina típica dos minerais.
Formam-se,
muitas vezes, pela floculação de coloides e ressecação de gel apresentando, em
consequência, frequentemente, hábitos botrioidal ou mamelonar e pisolítico e
fácies concrecionados, muitas vezes, como uma mistura de finas porções amorfas
com fases minerais criptocristalinas, localizadas ou incipientes.
Também ocorrem
mineraloides com origem orgânica (são biogênicos), como a colofana (fosfato de
cálcio amorfo que ocorre em alguns ossos fósseis), o âmbar (originado pela
fossilização de resinas de árvores).
Os denominados "minerais amorfos", como a opala, apesar de manterem uma certa constância de composição química e de características físicas, não apresentam a organização cristalina dos minerais, sendo classificados como mineraloides (parecidos com minerais); a designação "mineral amorfo" deve ser abandonada.
Os denominados "minerais amorfos", como a opala, apesar de manterem uma certa constância de composição química e de características físicas, não apresentam a organização cristalina dos minerais, sendo classificados como mineraloides (parecidos com minerais); a designação "mineral amorfo" deve ser abandonada.
Alguns autores incluem
substâncias naturais, líquidas nas condições atmosféricas, como a água e o
mercúrio, na classificação de mineraloides pelo fato de serem substâncias
naturais o que cria um sério problema terminológico, pois essas substâncias não
são parecidas com minerais, visto que estes, obrigatoriamente, devem estar no
estado sólido.
Minério é um mineral ou uma associação de
minerais (rocha) que pode ser explorado economicamente.
Assim,
um mineral pode, durante uma certa época e em função de circunstâncias
culturais, tornar-se um minério, podendo em seguida, desde que substituído
por outros produtos naturais ou sintéticos, perder a sua importância econômica
e voltar a ser um simples mineral.
Ex: Minério de Ferro
Os minerais são os constituintes básicos das rochas.
O QUE É UMA ROCHA?
Os minerais são os constituintes básicos das rochas.
O QUE É UMA ROCHA?
As rochas são agregados sólidos de
minerais ou, em alguns casos, matéria sólida não mineral que ocorre
naturalmente. Em um agregado, os minerais são unidos de maneira a manter suas
características individuais. Certas rochas são compostas por matéria não
mineral, onde se incluem materiais não cristalinos, rochas vulcânicas vítreas,
obsidiana e pedra-pomes, assim como carvão que são restos de plantas
compactados.
Elas são classificadas como: Ígneas, Sedimentares e Metamórficas
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Derramamento de Magma |
As rochas ígneas (ou magmáticas)
são produzidas quando o magma se cristaliza ou a erupção vulcânica, como a
cinza, se acumula e se consolida. Enquanto o magma resfria, os minerais se
cristalizam e a rocha que resulta é caracterizada pelos grãos minerais que
aderem uns aos outros. O magma que esfria lentamente sob a superfície produz
rochas ígneas intrusivas e o que esfria na superfície produz rochas
ígneas extrusivas.
As rochas expostas na superfície da Terra são
transformadas em partículas e dissolvidas pelos vários processos de
desgaste provocados pelo intemperismo. As partículas e o material dissolvido
podem ser transportados pelo vento, água ou gelo e, finalmente, depositados
como sedimentos. Esse sedimento pode, então, ser compactado
ou litificado em rocha sedimentar.
As rochas sedimentares se formam
de três maneiras: consolidação de fragmentos de outras rochas, precipitação de
material mineral dissolvido ou compactação de restos vegetais e animais. Em
razão de as rochas sedimentares se formarem na superfície da Terra, ou próximo
dela, os geólogos podem deduzir sobre o meio ambiente no qual elas são
depositadas. Assim, o tipo de agente de transporte e, até mesmo, a
fonte da qual os sedimentos se organizaram. Consequentemente,
estudar as rochas sedimentares podem fornecer informações importantíssimas
sobre a história da Terra.
Gnaisse |
As rochas metamórficas resultam da
transformação de outras rochas, geralmente sob a superfície, pelo calor,
pressão e fluidos da atividade química. Durante o metamorfismo,
as rochas são sujeitas ao calor, pressão e
atividade dos fluidos para mudar sua composição mineral e/ou sua textura,
formando, assim, novas rochas. Essas transformações ocorrem em estado sólido, e
o tipo de rocha metamórfica formada depende da composição e textura da rocha de
origem; dos agentes do matemorfismo; e da quantidade de tempo que a rocha parental
foi submetida aos efeitos do metaformismo.
Os Agentes Do Metamorfismo
As mudanças na rocha podem resultar na
formação de novos minerais e/ou em uma mudança na textura da rocha pela
reorientação dos minerais originais. Em alguns casos, as mudanças são menores,
e as características da rocha original podem ainda ser reconhecidas. Em outros
casos, a rocha muda tanto que a sua identidade petrográfica origional só pode
ser determinada com técnicas sofisticadas, isto é. se for determinada.
O Calor
O calor é um agente importante do
metamorfismo porque aumenta a velocidade das reações químicas que podem
produzir minerais diferentes daqueles da rocha original. O calor pode vir dos
magmas intrusivos ou extrusivos ou resultar de rochas profundamente enterradas
na crosta, tal como ocorre durante a subducção ao longo do limite convergente
de placas tectônicas.
Estima-se que, abaixo de 100°C e com
pressão de algumas atmosferas, as rochas sofrem, perto da superfície, uma
compactação simples que resulta na perda da água intersticial sem formação de
novos minerais. Esse fenômeno é chamado de diagênese. Progressivamente, entre
100 e 200°C e além de 1 kb (> 1000 vezes à pressão atmosférica), os minerais
neoformados ocorrem, geralmente, com a gênese de uma estrutura plana na rocha,
a xistosidade, em resposta ao aumento da pressão litostática e das tensões
deviatóricas
O limite de temperatura do metamorfismo
em grande profundidade é difícil de ser definido. Considera-se geralmente que a
fusão completa das rochas, que assim passam para o estado de magma, representa
o limite de temperatura do metamorfismo. Na realidade, a fusão das rochas
sempre é parcial. Por isso, no campo, observa-se nos migmatitos a coexistência
entre um resíduo não fundido estável nessas condições, que é uma rocha
metamórfica, e a rocha plutônica resultado da cristalização in situ da parte
fundida. Isso explica a dificuldade em definir o limite do metamorfismo nas
altas temperaturas.
A Pressão
Quando as rochas são enterradas, elas
ficam sujeitas a uma pressão litostática crescente; essa pressão, que resulta
do peso das rochas sobreposta, é aplicada igualmente em todas as direções. À
medida que as rochas são submetidas à essa pressão, os grãos minerais dentro da
rocha podem se tornar mais compactados. Sob essas condições, os minerais podem
recristalizar-se, isto é, eles podem formar minerais menores e mais densos. Mas
sob outras condições, os grãos minerais isolados formar cristais maiores. Também
pode ser resultante da pressão diferencial, no qual as pressões não são iguais
em todos os lados, e a rocha é consequentemente distorcida (formação de
montanhas)
A Atividade do Fluido
A presença de fluidos de água e dióxido
de carbono entre os grãos minerais faz com que a haja um incremento na
velocidade das reações químicas e na formação de minerais.
Um exemplo que mostra como novos
minerais podem ser formados pela atividade do fluido é a olivina se
transformando em serpentina devido a ação da água.
Esses fluidos quimicamente ativos podem
vim de três fontes: capturados na porosidade das rochas; de fluido volátil
dentro do magma; e da desidratação de minerais que carregam água, tais como a
gipsita e algumas argilas
TIPOS DE METAMORFISMO
São reconhecidos três tipos de metamorfismo:
1) Metamorfismo de contato, no qual o
calor e os fluidos agem para produzir mudanças na rocha encaixante;
2) Metamorfismo dinâmico, que é,
principalmente, o resultado de altas pressões diferenciais associadas com
intensa deformação; e
3) Metamorfismo regional, que ocorre
dentro de uma grande área e é causado principalmente pelas forças que geram as
montanhas.
Embora haja essa separação nos tipos de metamorfismo, os limites entre
eles nem sempre são distintos e dependem, principalmente da atuação dominante
de um dos três agentes metamórficos
As pedras são
consideradas popularmente como pedaços soltos de rochas, ou fragmento. Essa
definição não possui nenhuma base científica.
Vejam também:
REFERÊNCIAS
CHRISTOPHERSON, Robert W. Geossistemas –
Uma introdução à geografia física. Tradução: Francisco Eliseu Aquino
... (et al.). Porto Alegre:Bookman, 7ª edição, 2012;
TEIXEIRA, Wilson. FAIRCHILD,
Thomas Rich. TOLEDO, M. Cristina Motta de. TAIOLI, Fabio. Decifrando
a Terra, 2ª edição. Companhia Editora Nacional. São Paulo. 2009;
PRESS, F, SIEVER R.,GROTZINGER,
J. & JORDAN, T. H., 2006. Para Entender a Terra. Tradução Rualdo Menegat,
4 ed. Porto Alegre: bookman, 656 p.: il.
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