18 de jun. de 2018

Minerais e Rochas




QUAIS AS DIFERENÇAS ENTRE MINERAL, MINERALOIDE E MINÉRIO?


Os minerais são substâncias de ocorrência natural (não sintéticas), cristalina (sólida e disposta em um arranjo tridimensional ordenado e repetitivo), geralmente inorgânica (não composta por carbono orgânico) e com uma composição química específica (cada mineral sempre será composto pelos mesmos elementos químicos). Os minerais são homogêneos: não podem ser divididos, por meios mecânicos, em componentes menores.

Os mineraloides substância de ocorrência natural, semelhante a um mineral, com uma certa constância de composição química e de características físicas, mas que não apresenta a organização cristalina típica dos minerais.
Formam-se, muitas vezes, pela floculação de coloides e ressecação de gel apresentando, em consequência, frequentemente, hábitos botrioidal ou mamelonar e pisolítico e fácies concrecionados, muitas vezes, como uma mistura de finas porções amorfas com fases minerais criptocristalinas, localizadas ou incipientes. 
Também ocorrem mineraloides com origem orgânica (são biogênicos), como a colofana (fosfato de cálcio amorfo que ocorre em alguns ossos fósseis), o âmbar (originado pela fossilização de resinas de árvores).
Os denominados "minerais amorfos", como a opala, apesar de manterem uma certa constância de composição química e de características físicas, não apresentam a organização cristalina dos minerais, sendo classificados como mineraloides (parecidos com minerais); a designação "mineral amorfo" deve ser abandonada.
Alguns autores incluem substâncias naturais, líquidas nas condições atmosféricas, como a água e o mercúrio, na classificação de mineraloides pelo fato de serem substâncias naturais o que cria um sério problema terminológico, pois essas substâncias não são parecidas com minerais, visto que estes, obrigatoriamente, devem estar no estado sólido.

Minério é um mineral ou uma associação de minerais (rocha) que pode ser explorado economicamente.
Assim, um mineral pode, durante uma certa época e em função de circunstâncias culturais, tornar-se um minério, podendo em seguida, desde que substituído por outros produtos naturais ou sintéticos, perder a sua importância econômica e voltar a ser um simples mineral.

Os minerais são os constituintes básicos das rochas.

O QUE É UMA ROCHA?


Os minerais são os constituintes básicos das rochas.

O QUE É UMA ROCHA?



As rochas são agregados sólidos de minerais ou, em alguns casos, matéria sólida não mineral que ocorre naturalmente. Em um agregado, os minerais são unidos de maneira a manter suas características individuais. Certas rochas são compostas por matéria não mineral, onde se incluem materiais não cristalinos, rochas vulcânicas vítreas, obsidiana e pedra-pomes, assim como carvão que são restos de plantas compactados. 
Elas são classificadas como: Ígneas, Sedimentares e Metamórficas
Derramamento de Magma

As rochas ígneas (ou magmáticas) são produzidas quando o magma se cristaliza ou a erupção vulcânica, como a cinza, se acumula e se consolida. Enquanto o magma resfria, os minerais se cristalizam e a rocha que resulta é caracterizada pelos grãos minerais que aderem uns aos outros. O magma que esfria lentamente sob a superfície produz rochas ígneas intrusivas e o que esfria na superfície produz rochas ígneas extrusivas.


 
Falesias em Ponta Grossa: Falésias em Ponta Grossa, Icapuí, Ceará, Brasil


As rochas expostas na superfície da Terra são transformadas em partículas e dissolvidas pelos vários processos de desgaste provocados pelo intemperismo. As partículas e o material dissolvido podem ser transportados pelo vento, água ou gelo e, finalmente, depositados como sedimentos. Esse sedimento pode, então, ser compactado ou litificado em rocha sedimentar.


As rochas sedimentares se formam de três maneiras: consolidação de fragmentos de outras rochas, precipitação de material mineral dissolvido ou compactação de restos vegetais e animais. Em razão de as rochas sedimentares se formarem na superfície da Terra, ou próximo dela, os geólogos podem deduzir sobre o meio ambiente no qual elas são depositadas. Assim, o tipo de agente de transporte e, até mesmo, a fonte da qual os sedimentos se organizaram.  Consequentemente, estudar as rochas sedimentares podem fornecer informações importantíssimas sobre a história da Terra.

Gnaisse


As rochas metamórficas resultam da transformação de outras rochas, geralmente sob a superfície, pelo calor, pressão e fluidos da atividade química. Durante o metamorfismo,

as rochas são sujeitas ao calor, pressão e atividade dos fluidos para mudar sua composição mineral e/ou sua textura, formando, assim, novas rochas. Essas transformações ocorrem em estado sólido, e o tipo de rocha metamórfica formada depende da composição e textura da rocha de origem; dos agentes do matemorfismo; e da quantidade de tempo que a rocha parental foi submetida aos efeitos do metaformismo.


Os Agentes Do Metamorfismo
As mudanças na rocha podem resultar na formação de novos minerais e/ou em uma mudança na textura da rocha pela reorientação dos minerais originais. Em alguns casos, as mudanças são menores, e as características da rocha original podem ainda ser reconhecidas. Em outros casos, a rocha muda tanto que a sua identidade petrográfica origional só pode ser determinada com técnicas sofisticadas, isto é. se for determinada.
 O Calor
O calor é um agente importante do metamorfismo porque aumenta a velocidade das reações químicas que podem produzir minerais diferentes daqueles da rocha original. O calor pode vir dos magmas intrusivos ou extrusivos ou resultar de rochas profundamente enterradas na crosta, tal como ocorre durante a subducção ao longo do limite convergente de placas tectônicas.
Estima-se que, abaixo de 100°C e com pressão de algumas atmosferas, as rochas sofrem, perto da superfície, uma compactação simples que resulta na perda da água intersticial sem formação de novos minerais. Esse fenômeno é chamado de diagênese. Progressivamente, entre 100 e 200°C e além de 1 kb (> 1000 vezes à pressão atmosférica), os minerais neoformados ocorrem, geralmente, com a gênese de uma estrutura plana na rocha, a xistosidade, em resposta ao aumento da pressão litostática e das tensões deviatóricas
O limite de temperatura do metamorfismo em grande profundidade é difícil de ser definido. Considera-se geralmente que a fusão completa das rochas, que assim passam para o estado de magma, representa o limite de temperatura do metamorfismo. Na realidade, a fusão das rochas sempre é parcial. Por isso, no campo, observa-se nos migmatitos a coexistência entre um resíduo não fundido estável nessas condições, que é uma rocha metamórfica, e a rocha plutônica resultado da cristalização in situ da parte fundida. Isso explica a dificuldade em definir o limite do metamorfismo nas altas temperaturas.
 A Pressão
Quando as rochas são enterradas, elas ficam sujeitas a uma pressão litostática crescente; essa pressão, que resulta do peso das rochas sobreposta, é aplicada igualmente em todas as direções. À medida que as rochas são submetidas à essa pressão, os grãos minerais dentro da rocha podem se tornar mais compactados. Sob essas condições, os minerais podem recristalizar-se, isto é, eles podem formar minerais menores e mais densos. Mas sob outras condições, os grãos minerais isolados formar cristais maiores. Também pode ser resultante da pressão diferencial, no qual as pressões não são iguais em todos os lados, e a rocha é consequentemente distorcida (formação de montanhas)
 A Atividade do Fluido
A presença de fluidos de água e dióxido de carbono entre os grãos minerais faz com que a haja um incremento na velocidade das reações químicas e na formação de minerais.
Um exemplo que mostra como novos minerais podem ser formados pela atividade do fluido é a olivina se transformando em serpentina devido a ação da água.
Esses fluidos quimicamente ativos podem vim de três fontes: capturados na porosidade das rochas; de fluido volátil dentro do magma; e da desidratação de minerais que carregam água, tais como a gipsita e algumas argilas

TIPOS DE METAMORFISMO

 São reconhecidos três tipos de metamorfismo:
1) Metamorfismo de contato, no qual o calor e os fluidos agem para produzir mudanças na rocha encaixante;
2) Metamorfismo dinâmico, que é, principalmente, o resultado de altas pressões diferenciais associadas com intensa deformação; e
3) Metamorfismo regional, que ocorre dentro de uma grande área e é causado principalmente pelas forças que geram as montanhas.
Embora haja essa separação nos tipos de metamorfismo, os limites entre eles nem sempre são distintos e dependem, principalmente da atuação dominante de um dos três agentes metamórficos

As pedras são consideradas popularmente como pedaços soltos de rochas, ou fragmento. Essa definição não possui nenhuma base científica.  

Vejam também:


REFERÊNCIAS
CHRISTOPHERSON, Robert W. Geossistemas – Uma introdução à geografia física. Tradução: Francisco Eliseu Aquino ... (et al.). Porto Alegre:Bookman, 7ª edição, 2012;
TEIXEIRA, Wilson. FAIRCHILD, Thomas Rich. TOLEDO, M. Cristina Motta de. TAIOLI, Fabio. Decifrando a Terra, 2ª edição. Companhia Editora Nacional. São Paulo. 2009;
PRESS, F, SIEVER R.,GROTZINGER, J. & JORDAN, T. H., 2006. Para Entender a Terra. Tradução Rualdo Menegat, 4 ed. Porto Alegre: bookman, 656 p.: il.

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