A
deriva continental é o movimento de grande proporção dos continentes
No
final do século XVI e no século XVII, cientistas europeus notaram o encaixe do
quebra-cabeça das ilhas costeiras em ambos os lados do Atlântico, como se as
Américas, a Europa e a África tivessem estado juntas em uma determinada época
e, depois, se afastado por deriva.
Ao
final do século XIX, o geólogo austríaco Eduard Suess encaixou algumas das
peças do quebra-cabeça e postulou que o conjunto dos continentes meridionais
atuais formara, certa vez, um único continente gigante, chamado Terra de
Gondwana. Em 1915, Alfred Wegener, um meteorologista alemão que estava se
recuperando de ferimentos sofridos na Primeira Guerra Mundial, escreveu um
livro sobre a fragmentação e a deriva dos continentes. Nele, apresentou as
similaridades marcantes entre as estruturas geológicas dos lados opostos do
Atlântico. Nos anos seguintes, Wegener postulou um supercontinente, que
denominou de Pangeia, que significa "todas as terras", que se
fragmentou nos continentes como os conhecemos hoje.
A
morfologia (o encaixe existente
entre a costa ocidental de África com a costa oriental da América do Sul), a litologia (as estruturas geológicas e
as similaridades geológicas das rochas nos dois lados do Atlântico), o paleoclima (os depósitos associados com
geleiras), e, além disso, os fósseis do Mesosaurus,
com mais de 300 milhões de anos, que foram encontrados na América do Sul e na
África, mas em nenhum outro lugar, sugerindo que os dois continentes estavam
unidos quando o Mesosauros estava
vivo.
Embora
Wegener estivesse correto em afirmar que os continentes tinham se afastado por
deriva, ele acreditava que os continentes flutuavam como barcos sobre a crosta
oceânica sólida, arrastados pelas forças das marés, do sol e da lua, logo, sua
hipótese acerca de quão rápido eles se moviam e quais forças os empurravam na
superfície terrestre mostrou-se errônea, pois pode ser demostrado que as forças
das marés são fracas demais para mover continentes, o que reduziu sua
credibilidade entre outros cientistas.
Holmes
admitia que as hipóteses, podem não ter nenhum valor científico até que
adquiram evidências.
As
evidências emergiram após uma intensa exploração do fundo oceânico no período
pós-segunda Guerra Mundial. O oceanógrafo William Maurice “Doc” Ewing demostrou
que o fundo do Oceano Atlântico é composto de basalto recente, e não de granito
antigo. Além disso, foi descoberto um vale profundo na forma de rifte na Dorsal
Mesoatlântica, que é uma cadeia de montanhas submarinas no centro do oceano,
onde todos os terremotos do Atlântico ocorreram nas proximidades do rifte.
Outas dorsais mesoceânicas com formas e atividades sísmicas similares foram
encontradas nos Oceanos Pacífico e Índico.
Depois
de todas as evidências apresentadas, se concluiu então que a crosta se separa
ao longo dos riftes nas dorsais mesoceânicas e que o novo fundo oceânico
forma-se pelo soerguimento do magma nessas fraturas. O novo assoalho oceânico
expande-se lateralmente a partir do rifte e é substituído por uma crosta ainda
mais nova, em um ciclo contínuo de formação de placa.
A
superfície terrestre é um mosaico de 12 grandes placas, bem como um número de
placas menores, de litosfera rígida, que se movem lentamente sobre a
astenosfera dúctil.
Os
geólogos fizeram uma reconstituição de como seria o a Terra no da fragmentação
há cerca de 750 milhões de anos.
O
supercontinente Pangeia já estava agregado há aproximadamente 237 milhões de
anos, circundado pelos superoceanos Pantalassa (que deu origem ao Oceano
Pacífico) e Tétis (que deu origem ao Mar Mediterrâneo).
A
fragmentação da Pangeia foi assinalada pela abertura de riftes a partir dos
quais lavas extravasaram.
Há
aproximadamente 150 milhões de anos, a Pangeia estava nos seus estágios
iniciais de fragmentação. O Oceano Atlântico abriu-se parcialmente, o Oceano
Tétis contraiu-se e continente os continentes da Laurásia ao norte tinha sido
se separado dos da Gondwana ao sul.
Há
66 milhões de anos, o Atlântico Sul abriu-se e alargou-se. A Índia estava no
seu caminho em direção ao Norte e à Ásia, e o Oceano Tétis estava se fechando
de modo a formar o Mar Mediterrâneo.
O
mundo atual foi configurado durante os últimos 65 milhões de anos. A Índia
colidiu com a Ásia, terminado a sua viagem através do oceano, e ainda está
sendo empurrada em direção ao norte na Ásia, a Austrália separou-se da
Antártida, a América se uniu, e etc.
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
TEIXEIRA,
W.; FAIRCHILD, T.R.; TOLEDO, M.C.; TAIOLI, F. Decifrando a Terra. São Paulo, Oficina de Textos. 2000.
GROTZINGER,
J. & JORDAN, T. H., 2013. Para
Entender a Terra. Tradução: Iuri Duquia Abreu, 6 ed. – Porto Alegre:
bookman, 738 p.
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