15 de out. de 2016

Mais uma aberração da democracia brasileira - Candidatos que ficaram entre os mais votados e não foram eleitos.




A palavra democracia segundo o dicionário do google possui quatro significados que podem ser resumidos em um sistema político em que os indivíduos de um território gozam dos mesmos direitos e deveres, onde todos devem se reunir para elegerem os seus dirigentes por meio de eleições periódicas.
Para organizar as eleições foi adotado um sistema que divide os candidatos por partidos políticos, que são grupos organizados dotados de ideologias e/ou objetivos para influenciar ou ocupar o poder político.
Os eleitos teoricamente seria aqueles que se apresentaram como candidatos e fossem os mais votados preenchendo o número de vagas preestabelecidas.
No Brasil, um país com uma democracia frágil desde a sua independência em 1822, pois passa por um constante processo busca pelo poder político, no qual os interessados são capazes de qualquer coisa para manter ou alcançar tal poder, como, por exemplo, disseminar calunias para derrubar o opositor, criar alianças para angariar mais força, comprar votos, mentir para a população, retirar um governante através de golpes, e entre outras dezenas de formas injustas, porém muitas vezes legitimadas por uma militância que defende tais atitudes.
Não posso deixar de falar que a democracia no Brasil e certamente em outras partes do mundo se tornou uma aberração, que só se mantêm ainda porque é o único sistema socialmente aceito que permite a liberdade da população, mesmo que algumas vezes controlada por quem exerce o poder político.
Um grande exemplo dessa aberração foi as eleições municipais de 2016, no qual, alguns candidatos a vereadores mais votados não foram eleitos por causa de algo chamado de Quociente Eleitoral, que ao invés de votarmos em um candidato de nossa escolha, estamos votando em uma coligação que levará o número de candidatos proporcionalmente a porcentagem de votos que recebeu, ou seja, uma coligação com candidatos com um bom número de votos, pode eleger também, um com poucos votos e uma coligação com um candidato bem votado, porém o restante não teve o número de votos suficiente, pode não eleger um candidato.
Com esse sistema, muitos candidatos não foram eleitos em 2016, pois pelo número de votos que recebeu, ficaria dentro das vagas para vereadores, mas a coligação não atingiu a meta.


Nessa situação eu poderia fazer uma lista imensa com candidatos de todo os municípios brasileiros, porém escolhi aqui apenas aqueles que não foram eleitos e ficaram entre os cinco mais votados nas capitais.


Ailton Lopes - PSOL

Foi o 5º candidato mais votado de Fortaleza - CE com 12.483 votos.

Camila Valadão - PSOL

Foi o 5º candidato mais votado de Vitória - ES com 3.727  votos.

Gabriel Mota - PV

Foi o 3º candidato mais votado de Boa Vista - RR com 2.884 votos.

Amanda Gurgel - PSTU

Foi a 2ª candidata mais votada de Natal - RR com 8.002 votos, ela ficou bastante conhecida pelo Brasil por seus discursos intensos sobre a educação e a valorização dos professores.

Lembrando que esses são apenas aqueles que ficaram entre os 5 candidatos mais votados e não foram eleitos nas capitais, o número de candidatos não eleitos por conta desse quociente partidário não é possível ser contado por um humano comum.
Esses candidatos merecem mais respeito do que trocam de legenda apenas para garantir uma vaguinha na câmara. 

LINKS DE REFERÊNCIA
http://www.tse.jus.br/imprensa/noticias-tse/2016/Setembro/saiba-como-calcular-os-quocientes-eleitoral-e-partidario-nas-eleicoes-2016
http://placar.eleicoes.uol.com.br/2016/1turno/

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