19 de dez. de 2016

O que foi a Revolta dos Beckman no Maranhão?


Buscando expandir os seus domínios sobre as terras brasileiras, a Coroa Portuguesa optou por criar a Companhia Geral de Comércio do Maranhão, que seria uma empresa que monopolizaria a compra e venda de produtos para a região do então Estado do Maranhão.
Dentre as atribuições, estava o fornecimento de mão de obra escrava de origem africana a preço de custo para os proprietários de terra maranhenses, uma estratégia para evitar a opção pela escravidão indígena, que, por sua vez, desagradava profundamente os jesuítas, uma vez que de acordo com o pensamento hegemônico religioso da época era por não serem totalmente negros, os índios poderiam ter alma. No entanto, os maranhenses recebiam os escravos africanos e os revendiam para regiões açucareiras, embolsando a diferença e de lambuja ainda escravizavam os índios. Ao perceber esta manobra, a Companhia interrompeu o fornecimento de africanos para o Maranhão, ato que levou a uma insatisfação aos proprietários maranhenses.
Diante desta situação, Manuel e Tomás Beckman, grandes proprietários rurais, assumiram a posição de lideranças na criação de um movimento popular que estourou em uma grande revolta em 1684.

Apesar do apelo popular, a coroa resolveu reagir contra o movimento, condenando os líderes a forca, mas extinguiu a Companhia em 1685, ou seja, um ano depois.

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