Buscando expandir os seus domínios
sobre as terras brasileiras, a Coroa Portuguesa optou por criar a Companhia
Geral de Comércio do Maranhão, que seria uma empresa que monopolizaria a compra
e venda de produtos para a região do então Estado do Maranhão.
Dentre as atribuições, estava o
fornecimento de mão de obra escrava de origem africana a preço de custo para os
proprietários de terra maranhenses, uma estratégia para evitar a opção pela
escravidão indígena, que, por sua vez, desagradava profundamente os jesuítas,
uma vez que de acordo com o pensamento hegemônico
religioso da época era por não
serem totalmente negros, os índios poderiam ter alma. No entanto,
os maranhenses recebiam os escravos africanos e os revendiam para regiões
açucareiras, embolsando a diferença e de lambuja ainda escravizavam os índios.
Ao perceber esta manobra, a Companhia interrompeu o fornecimento de africanos
para o Maranhão, ato que levou a uma insatisfação aos proprietários
maranhenses.
Diante desta situação, Manuel e
Tomás Beckman, grandes proprietários rurais, assumiram
a posição de lideranças na criação de um movimento popular que estourou em uma
grande revolta em 1684.
Apesar do apelo popular, a coroa
resolveu reagir contra o movimento, condenando os líderes a forca, mas
extinguiu a Companhia em 1685, ou seja, um ano depois.
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