6 de jun. de 2017

Métodos de Avaliar o Estado Nutricional das Plantas




1º DIAGNOSE VISUAL
Consiste em comparar visualmente o aspecto (coloração, tamanho, forma) da amostra (planta, ramos, folhas) com o padrão. Na maioria das vezes o órgão de comparação é a folha, pois é aquele que melhor reflete o estado nutricional da planta. Como nas folhas ocorrem os principais processos metabólicos do vegetal, as mesmas são os órgãos da planta mais sensíveis às variações nutricionais.
Se houver falta ou excesso de um nutriente, isto se manifestará em sintomas visíveis, os quais são típicos para um determinado elemento. O motivo pelo qual o sintoma é típico do elemento, deve-se ao fato de que um dado nutriente exerce sempre as mesmas funções em qualquer espécie de planta.
Ex.: Um sintoma da deficiência de magnésio (Mg) é a folha de cor amarelada ou avermelhada, enquanto as nervuras das folhas permanecem verdes.

LIMITAÇÕES DESTE MÉTODO
• Quando os sintomas de deficiência ou toxidez se manifestam visualmente, geralmente, indica a perda da produção;
• É um método qualitativo, não permitindo mensurar as doses necessárias para sua correção;
• Exige bastante experiência do técnico, com a cultura em questão;
• Não permite o diagnóstico da "fome ou toxidez oculta";
• Não permite o diagnóstico de mais de uma deficiência, devido ao mascaramento dos sintomas típicos;

• Confusão de sintomas de origem nutricional e não nutricional.

2º DIAGNOSE FOLIAR

A diagnose foliar é um método em que se analisam os teores dos nutrientes em determinadas folhas, em períodos definidos da vida da planta, e os compara com os padrões nutricional da literatura.
O uso da diagnose foliar baseia-se nas premissas de que existem, dentro de limites, relações diretas entre: (a) dose de adubo e produção; (b) dose de adubo e teor foliar e; (c) teor foliar e produção.

DESVANTAGENS DESTE MÉTODO
• O método exige um sistema computacional complexo;
• Os índices não são independentes, ou seja, o teor de um nutriente influencia os índices dos outros.

3º TESTES DE TECIDOS
São testes calorimétricos ou turbidimétricos com resultados imediatos, feitos na matéria fresca da planta no próprio campo. Embora haja muitas interferências de outros fatores não nutricionais como o horário do dia, umidade do solo, temperatura, e isso exige do técnico bastante cuidado na aplicação da técnica e na interpretação dos resultados.

4º ANÁLISE DA SEIVA
É outro teste de rápido diagnóstico do estado nutricional das plantas. O método consiste em se coletar a seiva da planta através de micropipeta e colocar uma gota da mesma sobre o eletrodo de um equipamento portável calibrado para análise de NO-3, K+, Na+ e pH na seiva das plantas.

LIMITAÇÕES DESTE MÉTODO
• O equipamento é de difícil calibração e pode levar a resultados inconsistentes devido a interferência de outros íons e sensibilidade à variações de temperatura, como ocorre sob condições de campo e casa de vegetação.


REFERÊNCIA
FAQUIN, Valdemar. Diagnose do estado nutricional das plantas / Valdemar Faquin. Lavras: UFLA/FAEPE, 2002

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