12 de ago. de 2020

Tendências Pedagógicas II - Tendência Progressista

 

O autor José Carlos Libâneo publicou um estudo sobre as tendências pedagógicas brasileiras, destacando suas raízes, principais teóricos, o papel da escola, a relação entre os agentes educacionais e métodos de ensino.

O termo tendência indica que estamos falando de um processo onde novas ideias estão vindo à tona e não que houve uma ruptura com o que já estava posto ou uma mudança abrupta nas formas de ensinar. Nenhuma dessas tendências pedagógicas desapareceu com o tempo após o surgimento de outra, elas foram coexistindo e se relacionando até hoje.

O autor dividiu as Tendências Pedagógicas em dois grandes grupos: Tendência Liberal e Tendência Progressista.

A Tendência Progressista o Pedagogia Progressista parte de uma análise crítica das realidades sociais, com foco nas finalidades sociopolíticas da educação.

Ela se manifesta em três diferentes tendências: a libertadora, a libertária e a crítico social dos conteúdos.

 

a)   A tendência progressista libertadora é popularmente conhecida por ser a vertente defendida por Paulo Freire, por isso, também conhecida como pedagogia freiriana. Ela afirma que ensinar não é algo mecânico, em que cada um domina uma certa quantidade de conteúdos de determina disciplina e os repassa aos seus educandos, mas é, primeiro, está aberto às indagações e às curiosidades dos alunos frente aos desafios que esta realidade apresenta. O seu método é baseado no diálogo, onde o professor não é mais importante que o aluno, onde ocupam uma posição de igualdade. A aprendizagem se dá a partir de situações-problema das quais se analisa criticamente a realidade concreta. O que é aprendido não decorre de uma memorização ou imposição, mas do nível crítico de conhecimento, ao qual se chega pelo processo de compreensão, reflexão e crítica.

b)   A tendência progressista libertária parte do pressuposto de que somente o vivido pelo educando é incorporado e utilizado em situações novas, por isso o saber sistematizado só terá relevância se for possível seu uso prático, isto é, a valorização da experiência vivida. É na vivência coletiva que os alunos aprenderão a se organizar e a buscar as respostas para suas necessidades e exigências da vida social. Nela, o professor desempenha o papel de conselheiro, orientador e catalisador das discussões do grupo.

c)    a tendência progressista "crítico-social dos conteúdos", também conhecida como histórico-crítica, propõe uma superação das pedagogias tradicional e renovada, valorizando a ação pedagógica inserida na prática social concreta. Assume o saber como tendo um conteúdo relativamente objetivo, mas introduz uma possibilidade de utilizá-los no confronto com as realidades sociais. Ela visa preparar o aluno para o mundo adulto e suas contradições a partir do relacionamento dos conteúdos estudados com as experiências dos alunos. Está baseada nas estruturas cognitivas dos alunos. O professor precisa saber (compreender) o que os alunos dizem ou fazem, o aluno precisa compreender o que o professor procura dizer-lhes.

 

REFERÊNCIAS

Tendências Pedagógicas na Prática Escolar - José Carlos Libâneo

As Principais Tendências Pedagógicas na Prática Escolar Brasileira e Seus Pressupostos de Aprendizagem - Delcio Barros da Silva

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