O RIO NILO E O SURGIMENTO DA CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA
Estudos
arqueológicos revelam que a região do vale do rio Nilo já era habitada por
grupos humanos desde antes de 10000 a.C. O Clima e a vegetação da região eram
bem diferentes do que se conhece atualmente. Áreas que hoje fazem parte de
desertos eram verdes e abrigavam animais como elefantes, girafas, avestruzes,
antílopes, por exemplo. Devido às mudanças climáticas e ações humanas, um
intenso e longo processo de desertificação ocorreu naquela área.
O
rio Nilo começou a adquirir seu curso atual há cerca de 10 mil anos, iniciando
a formação de oásis de 1200 quilômetros de comprimento por 10 a 20 quilômetros
de largura. Por volta de 5000 a.C., caçadores da planície passaram a trabalhar
com agricultura e o pastoreio, lançando os alicerces da economia agrícola dos
povos egípcios.
Os
egípcios são um dos povos mais antigos do mundo e que nasceu as margens do rio
Nilo na África, que possui 6.671 quilômetros de extensão. Suas águas cortam o
nordeste da África, uma região desértica, e transbordam todos os anos ocupando
as margens, deixando-as férteis, especialmente por conta do húmus.
No
período das cheias, as águas do Nilo inundavam as margens e depositavam no solo
uma rica camada de húmus, uma substância produzida pela decomposição de restos
vegetais e animais que fertilizava o solo. Quando o rio retornava ao nível
normal, o terreno que foi inundado estava fértil e adequado para o cultivo
agrícola.
Os
egípcios começaram a criar técnicas agrícolas como a construção de canais de
irrigação para levar as águas do Nilo até áreas mais afastadas de suas margens.
Também construíram diques para armazenar água e barragens para se proteger de
inundações mais fortes. Assim, permitindo uma agricultura diversificada, produzindo
trigo, linho, cevada, uva, algodão, entre outros.
Por
se localizar numa região ladeada pelo Mar Vermelho e pelos desertos da Arábia e
da Líbia que serviam como barreiras naturais entre o Egito e outras terras,
fazendo com que eles fossem forçados a viverem em uma porção de pequena da
terra e reduzindo a interação com outros povos.
No entanto, o mar e os desertos serviam de proteção contra invasores.
DICA
DE FILME: O Escorpião Rei (2002)
Ficção: Em uma época bem remota, na cidade de Gomorra, Memnon (Steven Brand), um governante maligno, estava determinado em massacrar todos que fossem contrários a ele. As poucas tribos sobreviventes, que nunca foram aliadas, se viram obrigadas a se unir pois senão iriam perecer. Sabendo que seu inimigo depende das visões de um feiticeiro contrataram Mathayus (The Rock), um eficaz mercenário, para eliminar o vidente. Após ter se infiltrado no campo inimigo, Mathayus descobre que o feiticeiro é na verdade Cassandra (Kelly Hu), uma linda mulher. Ao invés de eliminá-la ele a leva para o meio do deserto, sabendo que os servidores de Memnon fariam qualquer coisa para resgatá-la e levá-la de volta. É exatamente isto o que acontece, pois Memnon ordenou que um alguns guerreiros comandados por Thorak (Ralph Moeller) o eliminassem, mas Mathayus conseguiu suplantar a todos. No entanto foi ferido com uma flecha, que tinha veneno de escorpião, ficando então entre a vida e a morte.
Referência histórica: Em 1999, os egiptólogos descobriram uma série de entalhes em um pedaço de rocha de cerca de 45 por 50 centímetros. A cena do quadro tem símbolos que podem se referir a um rei chamado Escorpião.
A rocha mostra uma figura carregando um bastão. Perto da cabeça da figura está um escorpião. Outro artefato, uma macehead, também mostra um rei com o símbolo do escorpião. Ambos os artefatos sugerem que a história egípcia pode remontar a cerca de 3250 a.C. Alguns estudiosos acreditam que o Escorpião é o primeiro rei a iniciar a unificação do Egito, representado pela coroa dupla mostrada abaixo.
FONTE: McDougal Littel - World History: Patterns of
Interaction (2009)
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