10 de mai. de 2021

Egito no Período Pré-Dinástico (antes do surgimento dos faraós)

 

Egito no Período Pré-Dinástico (antes do surgimento dos faraós)

Os agrupamentos humanos que formaram as primeiras aldeias na região às margens do rio Nilo foram denominados de nomos. Eram independentes e estabeleciam relações, principalmente comerciais, com outros nomos. Os representantes e líderes dessas unidades eram os nomarcas, que exerciam função e chefe religioso e militar, além de serem responsáveis pela organização administrativa.

Grande parte da população dos nomos era formada por agricultores – os felás. Por isso, controle das cheias e vazantes do rio Nilo foram fatores decisivos para o aparecimento das primeiras cidades, que apresentavam um grau maior de complexidade. O rio também era o principal sistema de comunicação e de transporte. À medida que a produção agrícola crescia, o comércio se desenvolvia, o que propiciava condições para outros setores da sociedade evoluírem, como a cultura, principalmente na arquitetura. Para essa população, somente a ação dos deuses explicava o privilégio de morar em uma terra de abundância rodeada por áreas de seca e fome.

Os nomarcas mais eficientes na tarefa de garantir a alimentação de suas comunidades passaram a personificar os deuses protetores dos nomos. Assim, gradativamente, o poder político e administrativo dos nomos se fundiu ao poder religioso.

Por volta de 3500 a.C., os nomos foram unificados em dois reinos: o do delta e o do vale do Nilo – chamados de Baixo Egito e Alto Egito, respectivamente, cada um com sua própria capital, Sais e Tebas. Cerca de trezentos anos depois (3200 a.C.), o rei Menés (também conhecido como Narmer, Men ou Meni), do vale do Nilo, conquistou a região do delta. Pela primeira vez, houve a coroação de um faraó do Egito, ou seja, um soberano que seria a personificação e reencarnação do deus Hórus, filho de Rá, o deus do Sol. O faraó exercia função militar e política, além de assumir o papel de sacerdote, sendo encarado como um verdadeiro deus. O símbolo de seu poder era uma coroa dupla nas cores branca e vermelha, que representava a união das duas regiões em um único e centralizado império. A capital era Mênfis.

Nessa época, a autoridade máxima era o rei ou faraó, que tinha a função de manter a unidade, a ordem e a continuidade do Estado egípcio. Assim, foi criado um Estado forte, que impunha a ordem sobre os 42 nomos, subordinados ao governo central, cujos nomarcas tornaram-se representantes locais do faraó.

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